Discorridas aqui as características que, sob essa ótica, sustentam o brincar e a criação cênica, discorrerei então algumas experiências cênicas pessoais nas quais pude considerar a presença do Estado Brincante.
Uma pulsante inquietação artística que pedia transbordar. O desejo de estar com o outro, num vínculo poético e afetivo. A necessidade de estar na cidade com enraizamento nesse vínculo. A liberdade de não saber, de não pré-determinar o que virá e habitar uma espontaneidade criativa.
A partir deste anseio, convidei alguns amigos e amigas artistas, sobretudo das áreas cênica e musical, para descobrirmos juntos o que poderia se dar. Assim, fomos para a rua algumas vezes, vivenciando experiências bastante significativas do ponto de vista do Estado Brincante. Vieram à tona o que depois foi chamado de CorAções - experimentações poéticas pelas ruas e transportes públicos da cidade de São Paulo com intuito de a cor[1] dar pela cidade. Fazia parte da proposta o "devir" a partir das relações que pudessem se estabelecer com transeuntes e espaço público, tendo como meios de relação a dança, poemas, diálogos poéticos, sonoridades, canções e instrumentos musicais. Havia abertura para os temas se darem nas próprias ações, entretanto prevaleceu o amor, seu acordar e o encontro dos adultos por vezes adulterados com as crianças internas, dando espaço para se expressarem e se relacionarem.
Essas experimentações aconteceram cinco vezes, num período entre agosto e outubro de 2015. Não havia prévio combinado acerca de qual ação específica seria realizada e normalmente a decisão para realização se dava poucos dias antes, ou mesmo no próprio dia, de modo que os participantes que compunham a ação variavam. A quantidade de artistas em cada ação variou de uma a doze pessoas.
Porém, é sobre uma das ações que desejo relatar mais detalhadamente, por perceber nela uma clareza acerca desse possível conceito. Estávamos em quatro pessoas[2], cada qual com elementos escolhidos por si, desde instrumentos musicais até poemas e máscara. Encontramos-nos, afinamos nossas intenções, nos olhamos, respiramos em consonância e partimos para a rua, sem um destino estipulado, com a proposta de nos percebermos e deixarmos o movimento acontecer sem muitas interferências intelectuais, deixando a espontaneidade guiar o corpovoz. Nos primeiros passos, um ritmo soou entre nós, cada qual com um instrumento musical e próprias movimentações corporais. De minha parte, frequentemente ao ir para a rua com esse propósito, fazendo uso de um chapéu compondo o figurino, tapava o rosto com o mesmo, enxergando apenas por debaixo dele (o que de certo modo pode ter interferido no acionamento do estado de presença, uma vez que foi retirada a visão ampla - porta para o exterior – e se abriu um espaço para micropercepções, percepções mais internas que possivelmente deram suporte, junto com a movimentação, a uma outra presença), e iniciava movimentos com foco na base do corpo, pernas dobradas e movimentos de quadril. Percebia que, instantaneamente, esse tipo de movimento trazia um estado de percepção aguçada para comigo mesma e para com o entorno, uma ampliação da espontaneidade e uma composição de uma figura extra cotidiana, que ia se fazendo de momento a momento. Era como se tal movimento destravasse as defesas e condicionamentos que vamos criando para lidar com a sociedade urbana, moral e “civilizada“.
Aos poucos, fomos criando composições em relação à arquitetura da cidade, com pausas na qual parávamos de tocar os instrumentos e fazíamos uma posição com o corpo em relação a algo como a própria rua, um muro, um poste. Com a volta dos instrumentos sendo tocados, voltávamos à movimentação corporal, que por vezes acontecia em velocidade rápida e movimentos expansivos, noutras lenta e mais concentrada. Isso tudo acontecia espontaneamente, sem combinação entre nós. Num determinado momento, surgiu entre nós a pergunta: “tem alguma criança aí?“, sendo feita inicialmente a uma pessoa que estava com o carro estacionado. E então a insistência: “aí, dentro de você, cadê sua criança?“. Essa pergunta permaneceu e era feita com direcionamento específico a algum transeunte que passava andando ou dentro dos carros. As reações eram das mais diversas, e o modo como perguntávamos era levando “a sério“, de modo que normalmente diziam que não tinha nenhuma criança e depois, ao especificarmos que se tratava da criança interna, um “desconcerto“ acontecia e cada qual respondia à sua maneira.
Esse movimento acontecia enquanto continuávamos a peregrinar pela rua, até que fizemos a mesma pergunta (“cadê sua criança?”) a um motorista de ônibus, momento este que tomamos como um convite para entrar no mesmo, dizendo entre nós mesmos que o ônibus deveria ter como destino a criança interna do motorista. Dentro do ônibus, músicas foram tocadas, cantávamos, dançávamos e falávamos poesia, convidando também quem lá estivesse para ler algumas delas. O real destino da rota, um terminal de ônibus, estava próximo, e lá descemos (momento em que foi capturada a foto abaixo). Surgiu então uma pergunta aos trabalhadores do espaço: “esse ônibus vai ao coração? Qual ônibus leva ao coração?“ Depois de alguns estranhamentos, um dos cobradores comprou a brincadeira e apontou para determinado ônibus. Lá entramos e falávamos que estávamos indo ao coração, pois procurávamos a criança interna e nos disseram que lá poderíamos encontrar.
Assim a viagem seguia e passamos a construir um tipo de vínculo com a cobradora e o motorista, através de músicas, poemas e outras frases espontâneas que brincavam com realidade e imaginação. A cada pessoa que entrava no ônibus fazíamos aquelas perguntas como “tem alguma criança aí? Cadê sua criança interna? Você está indo para o coração? Estamos indo para lá encontrar nossa criança”. Uma das pessoas, ao apenas olhar no relógio quando questionada, foi o estímulo para que trouxéssemos outra provocação: a que de as crianças internas de alguns estavam dentro do relógio, e quando elas choravam, fazendo tictac, as pessoas saíam correndo ao invés de olhar para a criança, dar colo a ela... E que, então, ali poderíamos colocar a criança para fora. Começamos a dizer que o ônibus era um chuveiro, onde todos podiam cantar e dançar à vontade, sem julgamentos, sem vergonhas, pois estava tudo fechado e ninguém nos veria, que ali poderíamos ser, por instantes, livres para nos expressarmos como bem quiséssemos. Acontecia então um jogo entre realidade e imaginação, falávamos desse chuveiro com convicção, de modo que as pessoas passavam a olhar o entorno, rir e começar a aos poucos se soltar. Algumas entravam muito sérias, nos ignorando, e depois de um tempo, rindo e até cantando junto, propondo músicas e lendo alguns dos poemas (como mostra a imagem seguinte). Pela minha percepção e de meus parceiros de proposições, a relação e o vínculo iam sendo estabelecidos num lugar tão espontâneo que aos poucos passamos a nos sentir um coletivo e ali pulsava um sentimento de humanidade entre nós, de sentir que aquele desconhecido que entrou no ônibus era realmente um parceiro de caminhada, um semelhante, um irmão, sem conotações religiosas, mas sociais, de empatia. Foi especialmente tocante perceber uma mulher chorando e sorrindo ao mesmo tempo, dizendo que deveríamos fazer aquela ação no Instituto do Câncer, pela alegria que trazia.
Ressalto que a importância primordial desta ação não era o preciosismo técnico com o qual atuaríamos, cantaríamos, dançaríamos ou declamaríamos algo, mas sim as relações que poderiam se estabelecer a partir da espontaneidade e o recorte no cotidiano para um estado criativo e poético para com a realidade.
Ainda com foco nessa importância, apresento aqui um poema escrito a partir de uma experiência vivida entre quatro paredes, na tentativa de lidar com algumas pulsões, angústias e desejos que numa tarde comum se apresentavam. Estas me levaram a uma dança brincante, a partir da percepção das sensações e um brincar com elas até que as mesmas se transformavam a partir do movimento corporal e vocal. Em seguida fizeram-se expressão também estas palavras:
Padre, eu gostaria de fazer uma confissão. Eu encontrei um menino correndo dentro de mim, um menino meio menina, uma menina meio menino. Uma criança com órgãos enormes, com sangue da cor do desejo, com a boca escancarando os dentes, suando e soando sussurros pelos poros em defesa da loucura divina. E desde então meu corpo não para, minha voz escancara, só a morte tem a sorte de me parar, eu só vou embora depois de encontrar cada pedaço do meu corpo, eu só vou embora depois de descobrir cada frequência da minha voz, eu só vou embora depois de nadar no suor ou na lágrima que me restar, de virar nada além de água, eu só vou embora depois que o corpo bastar. Eu quero mesmo te confessar que essa história de pecado é uma farsa e eu sei que você sabe. Eu quero mesmo te confessar que nos colocaram num corpo e tem gente aí querendo nos tirar dele antes de nos descobrirmos nele. Estes se dizem divinos, mas são soldados de Herodes tentando matar meu menino menina. E eu sei que você sabe que essa criança veio pulsar verdadeiro amor, mesmo que aos trancos e barrancos, mesmo que se esfolando e chorando. Eu sei que você sabe que essa criança olha tudo, não julga nada e quer mesmo é ver o riso rasgando a dor, essa força estranha do amor. Padre, eu voltei pra minha terra, esse papo de pecado é um exílio inútil.[4]
A meu ver, a criança citada neste escrito pode ser considerada o Estado Brincante, que nos convida a um autoconhecimento, à percepção do corpovoz e movimentação do mesmo como um modo de vida, de se fazer presente no mundo e de se compreender nele.
Com uma compilação do escrito citado e outros poemas que foram escritos também num modo brincante - brincando de combinar em palavras sentimentos, sensações e reflexões - e músicas do compositor, cantor e violonista Marcelo Lavrador[5], surgiu “Som, Versos, Movências“, um encontro poético musical. O evento aconteceu em agosto de 2016, na cidade de São Paulo, num espaço intimista, aberto ao público. Foi artisticamente estruturado a partir do entrelaçamento entre músicas de Marcelo Lavrador e poemas de Isabella Dragão, além de participações da atriz, cantora e percussionista Rebeka Teixeira, do percussionista Icaro Kai, do violonista João Beltrami – todos também graduados pelo Instituto de Artes da Unesp - e do bailarino e trompetista Alan Scherk. O encontro contava ainda, ao final, com microfone aberto ao público, propondo um espaço artístico compartilhado, onde os presentes dançaram, cantaram e tocaram outras músicas, como mostra a imagem à cima.
Trago aqui à tona esta ação pois também percebo uma íntima relação com o Estado Brincante em seu modo de realização. Para esse encontro, existe um roteiro pré-estabelecido a seguir, porém, quanto ao modo de realização e presença em cena, existem brechas para que o Estado Brincante guie o caminho, sobretudo na movimentação corporal, que tem como proposta deixar o corpo poroso para a dança que pudesse surgir.
Do mesmo modo, apesar de ter sido realizado ensaio e concepção acerca da forma como cada poema seria dito, é importante ressaltar aqui o fato de que a relação com as pessoas que estavam ali presentes é que foi determinante para esse dizer, muito modificado a partir desta relação, de acordo com o que cada pessoa também trazia através de sua presença. Afirmo que o dizer de tais poesias e as movimentações corporais tinham como guiança o brincar. Os elementos (poemas, músicas, roteiro, espaço) eram como brinquedos sem forma com os quais ao se relacionar, ganhavam contorno no momento presente.
Outra experiência cênica bastante significativa, na qual percebo o Estado Brincante em ação, foi uma finalização de pesquisa da matéria Partitura Corporal, em 2015, no quarto ano do curso de Licenciatura em Arte-Teatro, que denominei “Por que danço?“, título também do ensaio escrito acerca da pesquisa. Nesta, buscava compreender com o corpo todo o que me levou e me leva a dançar, este dançar de agora como uma entrega do corpo às sensações, comunicando com suas particularidades aquilo que não necessariamente foi pensado anteriormente, mas o que de fato o corpo necessita fazer no momento, como se transbordasse algo no dançar. Costumo chamar, ainda, de “musicar os órgãos”.
A proposta era iniciar em posição fetal, num ambiente ao ar livre e gramado, em contato com a natureza e me disponibilizando a um estado de reconhecer os primeiros movimentos, aqueles que inicialmente passei a me reconhecer viva. Como vim ao mundo e como me movi vindo? O que está registrado em corpo, em termos de movimentação, que faz parte de minha formação corpórea, de meu desenvolvimento motor? Neste mover que me propunha, estavam os sentidos de percepção e os movimentos juntos, em consonância, considerando o movimento como um sentido do corpo. Éra por essa inteireza que buscava. A inteireza de um bebê em movimento fluido, que tem o corpo todo envolvido num só ato: respirar.
Nessa pesquisa, foi muito marcante a relação dos olhos como um portal de acesso a outros canais tanto internos, como de relação – com as outras pessoas presentes e com o espaço em si, potencializando os estímulos e as possíveis relações. Buscando imbuir-me dessa pesquisa muito sutil que requer um estado de passividade alerta, com mente relaxada para olhos verem o que quiserem sem o crivo do pensamento, o movimento que partiu da posição fetal agora poderia afetar-se pelo que via, como se visse pela primeira vez, como se começasse a sair de si mesmo e ir ao mundo, como se reconhecesse que sua dança de respiração não é apenas para si, mas desenvolve-se para o outro, para a outra, para o mundo, para uma comunicação.
Se queria me questionar o porquê de dançar, me arrisquei a não dançar e esperar o necessário dançar se transbordar. Aceitar, assim, o simples respirar, confiando na presença e na comunicação já presente no corpo, no seu fazer-dizer[6], recebendo com olhos e corpo abertos a presença de quem ali está e essa presença afetando o corpo de modo a esse afeto já ser o dançar. Abrir-me ao “não saber” foi uma sensação de estar à beira de um precipício, de ir voar, de altura, de queda ou de voo, de risco. O risco de me entregar. Fiquei apenas respirando, e cada vez mais fundo, até que um sonzinho começou a sair de leve. Aos poucos comecei a movimentar o restante do corpo, em consequência da respiração. Então me lembrei do movimento que parte do centro do corpo, do umbigo. E o foco era ele, umbigo. O sol batia ali, esquentava e o fazia mover. Era toda a minha energia contida ali, no centro, que ia se expandindo pelas partes de cima e de baixo, fazendo-as abrir, expandir.
A fala também se fez presente, em consonância ao movimento corporal, em fluxo livre de pensamento, falando o que vinha, de fato, sem barrar, sem mascarar, sem embelezar, deixando sair o que viesse, aceitando, escancarando algumas verdades e mentiras internas, questionando-as, sem medo. Sendo e só. Ali eu não sabia de mim. Ali não sabia nada sobre meu eu-idealizado - minhas ideias e idealizações a respeito de mim. Ou melhor, ali eu não dava a mínima importância para ele. Ali ele não existia. Existia. Mas eu colocava no corpo tudo o que ele queria esconder.
Acredito que este modo de criação seja o Estado Brincante, sobretudo por se tratar de um momento de simplesmente estar presente, realmente sem saber o que fazer, somente ouvindo e me relacionando. Ouvi os passarinhos e dancei seus sons. Ouvi o ônibus, o vendedor, isso e aquilo. Relacionei-me com os sons do espaço, dançando-os e me atentando para eles. De acordo com relato de uma parceira que esteve presente, num momento, uma borboleta sobrevoou a minha cabeça e quando eu fazia movimentos mais fortes, o vento fazia junto, quando acalmava, ele também acalmava. Na verdade, acredito que estive num estado de entrega e nudez em que não era eu que fazia algo, mas simplesmente respondia ao ambiente sem ao menos perceber. Só estando, só sendo, corporificando e vozeirando.
Ao final da experiência, aquela relação de humanidade também era sentida, dizia que podíamos ser sinceros ali uns com os outros, convidando a se despirem junto também, em aceitação, um despir-se que a pessoa pudesse se sentir livre por instantes. Que pudesse se despir de suas máscaras, de seus medos. Que pudesse dançar suas dores. Um estado de nudez real, de entrega real em cena, que é busca dessa minha trajetória. De abrir a consciência pra o que de fato somos ou podemos, nesse momento, compreender. Dançar nossa loucura. Expurgar. Até dançar a alegria. Até estarmos juntos num estado de contentamento e liberdade: o Estado Brincante, que seria ainda um tempo e um espaço libertadores, do modo como relatei ao final da experiência “Por que danço?”:
[1] Cor está sendo usada aqui primordialmente no sentido de coloração/tonalidade, porém abarcando também o sentido da raiz etimológica, do latim: coração.
[2] Uma delas foi um transeunte que nos encontrou na primeira ação, ficou por perto e nas ações seguintes esteve sempre presente.
[3] Escrito como registro de CorAções, em outubro de 2015, por Isabella Dragão. Não consta em publicações.
[4] Poema escrito em janeiro de 2016. Faz parte do acervo pessoal, não constando em publicações.
[5] Marcelo Lavrador é também graduado em Licenciatura em Educação Musical pelo Instituto de Artes da Unesp,. Compositor dos CDs solos instrumentais Constelações (2008) e Casa das Bruxas (2005).
[6] Aqui se faz referência a O fazer-dizer do corpo – Dança e Performatividade, de Jussara Sobreira Setenta, que defende a movimentação corporal como um modo enunciativo, de comunicabilidade do corpo. A dança como uma linguagem que é, sobretudo, forma de ação.
[7] Relato de Isabella Dragão escrito em 2015, não consta em publicações.
3.Discorrendo EXPERIÊNCIAS CÊNICAS BRINCANTES


corAções
CorAção I - Ação realizada em 18 de agosto de 2015
Foto: Filipe Ramos













CorAção I
Ação realizada em 18 de agosto
de 2015
Fotos:
Filipe Ramos
Nas fotos: Jefferson Reis, Henrique Athayde, Ramon Reis, Isabella Dragão, transeuntes, Marcelo Zorzeto, João Beltrami, Felipe Ludovico, Mauriene Maná, Galdino Gal, Gabriela Magalhães
CorAção II - Ação realizada em 26 de setembro de 2015
Foto acima: Luisa Chequer
Fotos ao lado: Mauriene Maná
Nas fotos: Isabella Dragão e transeuntes

CorAção V - Ação realizada em 13 de outubro de 2015
Na foto: Litcia Orellana, Henrique Atayde e Caio Ceragioli
Foto: Isabella Dragão

CorAção V
Ação realizada em 13 de outubro de 2015
Na foto:
Caio Ceragioli, Henrique Atayde, Litcia Orellana, e transeunte
Foto:
Isabella Dragão
Tem alguma criança dormido aí?
Aí dentro de você? Cadê sua criança? Que seja hoje um belo dia pra fazer o barulho necessário pra a.cor.dar essa criança. Que ela chore as dores escondidas e ria a espontaneidade! Que acorde ao aqui e agora, à essência, à alegria genuína, ao brincar. Que seja o tempo do ser.vir e recriançar o que estiver sido adulterado. [3]
É tempo de ser. É tempo de dançar a verdade que nos habita.
É tempo de tirar as máscaras e nos mostrarmos uns aos outros.
É tempo de nos compreendermos, termos a coragem de nos olharmos a fundo. De estarmos vivos de forma mais plena, mais íntegra. Retirarmos as camadas que encobrem o amor. Termos a generosidade de tirar as nossas e compreender as dos outros. Possibilitar esse espaço artístico, esse espaço de brincar, de se mostrar e se compreender. Espaço que caminhe a uma dança de amor, de alegria, de fluidez plena.[7]



Som, Versos Movências
Evento realizado em 21 de agosto de 2016
Fotos: Stefano Crivellari
Nas fotos: (acima) público compartilhando canções - Ramon Reis, Marília Dantas, Aline Ahmad e Marco Maia
(ao lado) Isabella Dragão, Icaro Kai e Marcelo Lavrador
Som, Versos Movências | Evento realizado em 21 de agosto de 2016
Foto: Stefano Crivellari | Na foto: público e Isabella Dragão